segunda-feira, 30 de junho de 2008

The Happening

Ty Burr, do Boston Globe, sobre o último filme do M. Night Shyamalan (Fim dos Tempos):

"You feel like you're not watching the end of the world but the end of a career."

Desafio Musical 3 - Head On

Um clássico do rock'n'roll dos anos 80-90.






Discover Pixies!

Guimarães Rosa, 100 anos

Já saiu aqui e aqui, mas nunca é demais repetir frases de "Grande Sertão: Veredas" :

"O senhor sabe o que o silêncio é ? É a gente mesmo, demais."

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Ah, a crítica

Quem disse que não podemos criticar o New York Times ? Um tal de Ben Ratliff disse que o show do João Gilberto desta semana foi "uma profunda fusão de pop e folk". Folk ?!??? E que ele cantou "como um vocalista de reggae de raiz". Meu Deus ! Reggae de raiz ??!??

Depois dizem que eu é que bebo. Queria que esse crítico soprasse no bafômetro.

Nova acusação

Segundo a coluna da Mônica Bergamo de hoje, o presidente Lula recebeu uma nova acusação. E já está negando tudo, liso como um sabonete. A primeira dama Marisa Letícia o acusa de tê-la derrubado da cama, causando sua fratura de clavícula. Mas o presidente diz que não foi ele, não. E que só pode ter sido culpa da cadelinha de estimação que dormia entre eles...

Nem lá !

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Remédio certo, dose errada

Muita gente está sendo presa no país depois que entrou em vigor a lei da tolerância zero com a bebida no trânsito. A lei irá punir com prisão quem estiver com mais de 0,6 gramas de álcool por litro de sangue. E suspenderá a carteira e dará multa de 955 reais para quem estiver abaixo disso. Acho que acertaram no remédio, mas erraram na dose. Teremos o limite de países árabes. Locais mais civilizados possuem uma tolerância maior ao álcool nas estradas. A diferença está na qualidade da fiscalização. No Canadá ou EUA, eu poderia tomar 3 latas de cerveja e dirigir sem sequer ser multado. Aqui, seria preso ! Há algo errado aí... Mas parece que há uma lei complementar pendente para determinar alguns valores e resolver a questão do sagu e do bombom com licôr.


Em outros países
País - Tolerância (g/l)

EUA - 0,8 (cada estado pode ter valores diferentes)
Canadá - 0,8
Japão - 0,15
México - 0,8
Austrália - 0,5
Argentina - 0,5
Arábia Saudita - zero
Emirados Árabes - zero
Malásia - zero

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Uma molécula de bom senso, por favor

De agora em diante, você não poderá mais comer sagu e depois dirigir. Também não poderá comer um bombom de chocolate com rum, ou comer um frango ao molho de cerveja, se quiser dirigir depois. Porque QUALQUER teor de álcool no sangue será punido com suspensão da carteira de motorista e multa acima de 900 reais. A lei é ridícula porque no mundo todo as leis definem um nível aceitável de álcool no sangue para permitir que você coma seu bombom... Há inúmeras situações no seu dia a dia em que uma molécula de álcool entrará no seu corpo e então você se tornará um motorista desobediente às leis.

Espero que o debate sobre o assunto aumente e possamos saber quanto tempo levamos para eliminar todas as moléculas de álcool de um chope ou lata de cerveja tomados no dia anterior. Ou estaremos proibidos de tomar nossa latinha no sofá de casa ?

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Duelo Musical 2 - Almost Like Being in Love

Jogão, hein ? Um clássico dos bons tempos:



Discover Nat King Cole!




Discover Frank Sinatra!

A Era Dunga

Ué, o Paraguai não era o bicho-papão das Eliminatórias ? Por que caiu de quatro ontem para a Bolívia, até então lanterna do certame ? Três volantes, Dunga ?

Aliás, quando é que o Brasil irá marcar o próximo gol na competição ?

Duelo Musical 1 - I Will Survive

A maioria dos blogs costuma ter uma série. Como não poderia ser diferente, este blog também quer ter uma. Pois bem, é com prazer que anunciamos a série "Duelos Musicais", que irá confrontar versões de clássicos da música mundial.

Começaremos com a má afamada "I Will Survive" da Gloria Gaynor, em duas versões menos "coloridas", uma da banda Cake e outra das Puppini Sisters. Qual você prefere, caro leitor ?


Discover CAKE!


quarta-feira, 18 de junho de 2008

Globo e o futebol

Parece piada de mau gosto, mas a Globo decidiu que não irá mostrar a final da Libertadores para o estado de São Paulo. Quem mora em Campinas, por exemplo, terá que ver um jogo comum do Corinthians pela segunda divisão.

Minha sorte é ter a Sportv. E minha vontade é que a Globo afunde no Ibope...

terça-feira, 17 de junho de 2008

Campinas, o túmulo do cinema

Em Campinas, as pessoas não só atendem o celular dentro do cinema como fazem as ligações. Também vão para as salas de projeção para colocar os assuntos em dia com as amigas. Em Campinas, as pessoas continuam entrando na sala mesmo depois de 20 minutos de projeção e atrapalhando sua visão da tela.

Mas ontem fui com minha esposa no cinema e senti o poder inovador da sociedade campineira. Havia um cara tirando fotos (com flash!) dos seus amigos depois de iniciado o filme. E alguém levou o filho de 2 anos para assistir (e comentar, claro) um filme com cenas de suicídio em massa, com corpos sendo despedaçados por leões famintos e cortadores de grama.

Não há um lugar para o cinema assim no mundo...

sexta-feira, 13 de junho de 2008

O efeito Gattaca

Em 1997, deixei de assistir ao filme "Gattaca". Um crítico da Folha de São Paulo criticou o filme com veemência. Pouco experiente, me deixei influenciar pela crítica. Até que, alguns anos depois, vi o filme acidentalmente e o achei excelente. Foi um marco na minha relação com a crítica, que eu considerava irrepreensível naquele momento da minha vida.

Comento isso devido ao texto do Thiago Ney na Folha do dia 13 de junho. Ele critica o CD de um cara que eu nunca havia ouvido falar: Sam Sparro. Só que as músicas do cara são boas. Estou ouvindo agora, enquanto escrevo esse post. Outro dia, outro crítico da Folha chamado Leandro Fortino detonou o disco mais recente dos Beastie Boys, que também achei bem interessante.

A mensagem é a seguinte, caro(a) leitor(a): veja você mesmo as coisas e as avalie do seu jeito. Você vai evitar muitos desgostos. O crítico pode lhe dar uma sugestão, mas não o leve muito a sério.

OBS: É claro que, quando as críticas negativas são muitas, há algo errado no reino da Dinamarca.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

terça-feira, 10 de junho de 2008

Filosofia e sociologia. De novo ?


Vou repetir o tema do post anterior. Depois das tentativas de controlar a imprensa e o cinema, o governo parece que deu um passo adiante na sua cruzada contra o livre arbítrio. O texto de hoje do Nélson Ascher na Folha de São Paulo é perfeito:

Doutrinação Barata - Nélson Ascher

DISCUTÍAMOS DOSTOIÉVSKI . Ocorreu-me mencionar um personagem aparentemente secundário, mas de fato importante, de "Crime e Castigo" cuja trajetória no romance me parecia uma de suas melhores criações ficcionais. Lembrava seu papel, como aparecera na trama, o que fizera, que fim levara. Só que, na hora de dizer-lhe o nome, ele não me vinha à mente. Por nada neste mundo. Ninguém mais o recordava e, para piorar a situação, estávamos todos passando férias (pela última vez na minha vida, juro) num lugar remoto, sem bibliotecas nem telefones.
Forcei a memória, arrolando nomes em ordem alfabética. Nada. Evoquei na imaginação cada episódio relevante do romance e até cenas de um filme russo sobre ele cujos atores tinham os mais adequados "physiques du rôle" possíveis (o sujeito era um russo maciço, corpulento sem ser gordo, de meia-idade e da alta classe média), igualmente sem resultado.
Reconstruí na cabeça os lugares e horas em que li o livro, o que havia ao redor, como me sentia, o que conversei com amigos a respeito. Ainda assim, demorou dois dias para que, de súbito, seu nome me viesse como que por milagre: Svidrigailov.
Li "Crime e Castigo" no verão entre o fim do segundo colegial (segundo ano do segundo grau) e o começo do terceiro. É claro que o escritor russo me marcou profundamente e guardo recordações vívidas de seus livros bem como dos contextos de minhas leituras. Essa era, no entanto, uma época na qual minha memória funcionava bem e as lembranças que ficaram estendem-se não apenas a outras obras, como também a outras áreas.
Eu cursava então um dos melhores colégios de São Paulo. O ano seguinte era o do vestibular e pelo menos metade de minha classe entrou numa das três melhores escolas de medicina, enquanto os demais ingressaram em bons cursos de odontologia, biologia, administração etc. Se isso não depõe necessariamente a favor de nossa inteligência, decerto prova que a escola sabia maximizar nossa capacidade de memorizar as informações necessárias para atingirmos as metas propostas.
Mesmo assim, do grosso do que aprendi lá, não resta nenhum vestígio em meus neurônios. E me refiro não a disciplinas vagas, dependentes de interpretação, mas às rigorosas e/ou factuais: trigonometria e geometria analítica, ótica e química orgânica.
O que aconteceu? Meu cérebro deve tê-las guardado num arquivo provisório. Tão logo sua utilidade terminou, os arquivos, ao contrário daquele que continha "Crime e Castigo" (se bem que com a falha, que tive de reparar, no caso Svidrigailov), foram "deletados".
Por sorte não estudávamos literatura estrangeira, senão Dostoiévski teria provavelmente tido o mesmo destino. Caso tivéssemos, como se tornou há pouco obrigatório para o ensino médio, cursos de filosofia e sociologia, o que sucederia com suas lições?
Cada qual de nós preserva em si aquilo que o atrai, emociona, interessa. Professores e pais podem nos obrigar a decorarmos tais ou quais informações por razões pragmáticas. Estas, porém, literalmente não "colam", ou seja, não se aderem a nada no interior de nossa consciência ou do nosso subconsciente (se é que isso existe). Respostas que antecedam as perguntas são piores que inúteis, pois elas acabam ocupando um lugar que, tornado ermo, não enseja mais que brotem naturalmente certas indagações.
Para que, num país que mal ensina (e ensina mal) coisas fundamentais como matemática, escrita e leitura, acrescentar essa sobrecarga que, além de inútil e irrelevante, nem as escolas privadas e muito menos as públicas terão condições de ensinar decentemente? Onde é que vão se recrutar bons professores de filosofia e sociologia?
Naturalmente essas disciplinas não serão minimamente bem ensinadas e todo mundo sabe disso. Não há quadros, não há tempo, não há verbas e, sobretudo, não há nem haverá interesse algum por parte das vítimas potenciais, os alunos.
A resposta se torna evidente quando ouvimos autoridades e os interessados confessando, sem querer, seu objetivo real. Eles falam em encorajar a visão ou pensamento crítico. Essa expressão nojenta oculta, ou melhor, revela o ápice da arrogância: nossa maneira de pensar, que chamamos mentirosamente de "crítica", é a certa, a única certa.
Como hoje controlamos a lei, nós a usaremos para impor nossos dogmas aos adolescentes, impedindo-os de pensarem por conta própria. Para que perder tempo com tentativa e erro se já temos todas as respostas? Enfim, sociologia e filosofia no ensino médio são apenas eufemismos. Seu nome verdadeiro é doutrinação barata.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Filosofia e sociologia ?

Agora vão tornar obrigatórias as matérias filosofia e sociologia no ensino médio. Eu queria escrever uma crítica sobre isso, mas o Adolfo Sachsida foi perfeito em seu post sobre o assunto.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Pizza ?

Tento evitar comentários sobre política aqui no blog. Mas às vezes não dá...

O relatório final da CPI dos cartões corporativos do deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) diz que todos os ex-ministros de Lula envolvidos no escândalo usaram seus cartões corporativos "por engano" e são inocentes. E que todos os ex-ministros de FHC envolvidos no mesmo escândalo devem explicações à CGU (Controladoria Geral da União) ou ressarcimento dos gastos.

Todos são inocentes no PT e todos são culpados no PSDB. Ridículo...

Prolongando sua vida com o vinho




Eu já tinha lido muita coisa a respeito dos benefícios do vinho. A maioria deles se referia à redução dos riscos cardíacos para os consumidores moderados da bebida de Baco. O New York Times vai além: o vinho pode evitar o envelhecimento.

O vinho tinto possui resveratrol, que ao ser consumido leva à produção de sirtuínas, proteínas que retardam o envelhecimento. As sirtuínas também são produzidas pelo corpo na conhecida dieta da restrição calórica, muito mais desagradável que essa do vinho. Os americanos ainda não entenderam o espírito da coisa e estão querendo criar cápsulas de resveratrol. Tsc, tsc, tsc...

Então o negócio é prolongar a vida !

terça-feira, 3 de junho de 2008

Minc e os bois




Muito bom o comentário de Cláudio Ângelo hoje na Folha sobre os desmandos na Amazônia (assinante lê aqui)


Senhor Minc, o senhor é um fanfarrão (Cláudio Ângelo)

(...)
O novo dado de desmatamento comprova: Marina Silva abandonou o barco do Meio Ambiente no momento certo. A cifra final, a sair em agosto (o mês do desgosto, como dizem), será um arraso sobre a floresta. E essa conta será de Lula e de seus "heróis" do agronegócio, encarnados na figura de Blairo Borges Maggi.
Afigura-se a realidade arrepiante de um desmatamento na casa dos 20.000 km2 de agosto de 2007 a julho de 2008. Para dar uma idéia do que isso significa, em 150 anos, de 1700 a 1850, toda a produção de açúcar na mata atlântica ceifou 7.500 km2.
Em resposta ao desastre imposto pela alta nas commodities, Carlos Minc, o "performer" que substitui Marina no ministério, anuncia que vai mandar prender... os bois! Isso mesmo: os bois, cujo único crime é pastar em áreas embargadas cuja floresta algum humano derrubou -com crédito oficial e estímulo político.
Ora, não seria mais efetivo prender os donos das terras onde pastam os bois? Certamente. Mas isso o governo não faz, por duas razões. Primeiro, para não criar caso com aliados em ano de eleição.
Depois, porque nem Minc nem ninguém sabe quem é dono da terra na Amazônia. A única medida que poderia ser definitiva contra o desmate, o ordenamento fundiário, foi um fiasco. Só 20% dos proprietários aderiram ao cadastro de terras imposto pelo governo. E, com o orçamento pífio dedicado a esse reordenamento pelo Plano Amazônia Sustentável, nada vai mudar.
Vai ser engraçado ver o ministro, entre uma coletiva e outra, correndo atrás de boizinhos e vaquinhas no pasto. São 80 milhões de cabeças na Amazônia, senhor ministro. Haja colete para suar.
(...)

domingo, 1 de junho de 2008

Economia Sem Truques (primeiras impressões)

Comecei a ler um livro promissor chamado "Economia Sem Truques" (Bernardo Guimarães e Carlos Eduardo Gonçalves). Li um quarto do livro e já pude perceber seus méritos. As explicações são bem claras e os exemplos bastante interessantes. Voltarei a comentar sobre ele em breve.

Phoenix

A NASA conseguiu um feito e tanto. Colocou a sonda Phoenix Mars Lander na região ártica do planeta vermelho. Os riscos eram muito grandes, mas a operação deu certo.

A sonda possui um braço mecânica para coletar material do solo e analisá-lo em laboratórios internos com microscópio e analisadores químicos, além de câmeras de última geração e estação metereológica. Detalhe: a missão foi realizada com restos de outras missões, já que os gastos na NASA estão sofrendo cortes.

Nunca o homem esteve tão próximo de encontrar indícios de vida fora da Terra.