segunda-feira, 28 de julho de 2008

sábado, 26 de julho de 2008

Que apuro, hein ?

Um Boeing 747-400 da Qantas perdeu um pedaço da fuselagem em pleno vôo. Houve despressurização e a aeronave desceu rapidamente de 9.000 para 3.000 metros. Um passageiro filmou o pouso de dentro do avião.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Diogo Mainardi

Nunca li alguém que escrevesse textos tão incisivos e corajosos como Diogo Mainardi. Suas colunas são ousadas e frequentemente nos retiram da zona de conforto do jornalismo convencional. Ficamos chocados no início, achamos que o cara exagerou no azedume e que toda a birra dos esquerdistas que o criticam faz algum sentido.

Mas o tempo é impiedoso. Você acaba refletindo e entende que as críticas são excelentes. E meses depois os fatos confirmam tudo o que ele escreveu. O caso Daniel Dantas é a comprovação mais recente que seus artigos são imprescindíveis.

Infelizmente o brasileiro prefere o ufanismo à análise crítica dos fatos. Mainardi continuará a ser odiado por aqueles que preferem ignorar a verdade. É uma pena, pois quem lê seus textos sempre consegue uma visão bem mais ampla do mundo.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

No zoológico de Havana

Pequena anedota contada na Economist desta semana:


Placa de zoológico - Havana, 1959:

"Não alimente os animais."

Placa de zoológico - Havana, 1979:

"Não pegue os alimentos dos animais."

Placa de zoológico - Havana, 1999:

"Não coma os animais."

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Dois pesos, duas medidas

Assessores de Daniel Dantas são flagrados tentando subornar um delegado da Polícia Federal. Petistas imediatamente defendem a prisão de Daniel Dantas. Assessores de Lula são flagrados com maletas de dinheiro comprando dossiês falsos, enquanto outros são pegos desviando recursos para o Mensalão, cujo único objetivo é facilitar a vida do Presidente da República. Lula é inocente, pois não sabe de nada.

Entenderam ?

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Nassif

Depois de tudo o que aprontou, Luís Nassif agora choraminga. Escreveu uma série de artigos criticando a revista Veja. Tentou destruir a reputação da jornalista Janaína Leite. E hoje está todo choroso em seu blog. Coitadinho, né ?

O pior é que sempre li suas colunas e o considerava como um grande jornalista. Recentemente enviei uma mensagem para seu blog perguntando o que estava acontecendo e imediatamente fui taxado como mais um do grupo direitista. Ingenuidade minha... Quem acompanha os blogs de política do país sabe o que está acontecendo.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Stasi aqui ?

E o Azeredo, hein ? Que vergonha... Votei duas vezes no cara, uma para governador e outra para senador. Recentemente descobri que ele esteve envolvido com o mensalão no mandato de governador. E agora ele cria um substitutivo de lei que fornece todas as condições para que o Estado vigie tudo o que fizermos na Internet.

Assim, Eduardo Azeredo imprime seu nome (negativamente) nas páginas da história brasileira. A maioria dos historiadores é petista. Daqui a 50 anos, quando alguém for estudar o mensalão, pensará que tanto o PT quanto o PSDB estiveram envolvidos no mensalão. Não importa que o número de petistas envolvidos cheguem à casa dos milhares. Sempre alguém dirá: "mas tinha tucano também!". O tucano é o Azeredo.

O pior acontecerá se uma Stasi tupiniquim for criada baseada nesta lei. Talvez não haja nem relato sobre o mensalão no futuro.

Um bom texto sobre o assunto pode ser lido no blog do Sílvio Meira. O texto é longo e o Sílvio não coloca maiúsculas no início da frase, mas vale a pena ler.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Daniel Dantas

Este é o melhor e mais divertido post sobre o caso do banqueiro Daniel Dantas. Leia, mesmo que não goste de política.

sábado, 12 de julho de 2008

Uau !

Quem lia o Arrastão já sabia. Quem já passou por outro determinado blog, também. Mas eram lutas que visavam a vitória por pontos, ao final de 12 assaltos.

Aqui é luta para nocaute no primeiro round.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Desafio musical 4 - Stardust

A música mais gravada de todos os tempos, nas versões de Erroll Garner e Art Tatum.


Discover Erroll Garner!





Discover Art Tatum!

Diogo Mainardi e Daniel Dantas

Alguns blogs estão acusando o Diogo Mainardi de estar envolvido com o Daniel Dantas. Existem diversas colunas do Mainardi descendo a lenha no banqueiro. Tentei enviar um comentário com os links para estes blogs. O Pedro Dória, jornalista sério e isento, publicou. O Biscoito Fino e a Massa não quis nem saber, já que não é tão independente assim, e censurou meu comentário. O Idélber só deve acreditar no Nassif. E assim vamos separando o joio do trigo. Este blog aqui é meu e posso publicar os links. Leia os textos e julgue por si mesmo se Mainardi é "amigo" de Daniel Dantas. Há menções sobre o pagamento de propinas que Dantas fazia a deputados, acobertamento da situação da empresa do filho de Lula e oferecimento de recursos financeiros a José Dirceu. No seu último podcast, Mainardi comemora as prisões de Dantas e Nagi Nahas.

http://veja.abril.com.br/070905/mainardi.html
http://veja.abril.com.br/140905/mainardi.html
http://veja.abril.com.br/140606/mainardi.html
http://veja.abril.com.br/080206/mainardi.html
http://veja.abril.com.br/060208/mainardi.shtml
http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/200208/mainardi.shtml

quarta-feira, 9 de julho de 2008

O Grande Irmão está chegando

O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) sempre teve economistas de diferentes visões em seus quadros. Era vinculado ao Ministério do Planejamento. O governo Lula resolveu passá-lo à (ir)responsabilidade de Mangabeira Unger, na recém-criada pasta de Assuntos Estratégicos. O novo responsável pelo Ipea, Márcio Pochmann, decidiu que só poderiam lá ficar economistas que concordassem com ele e demais economistas petistas, e fez uma limpeza nos quadros da instituição. Agora a inflação começa a subir e o Ipea anuncia que não irá mais divulgar seu relatório trimestral sobre temas macroeconômicos. Mostrar a inflação pode ser prejudicial ao PT, né ? E assim caminhamos a passos largos à situação da nossa vizinha Argentina, que não tem mais um índice confiável de inflação.

Pior, caminhamos rumo à falta de informações institucionais típica de países totalitários. Só vale o "pensamento único" dos dirigentes do país. Já se tentou controlar a imprensa, depois as tentativas se dirigiram ao controle do cinema e do conteúdo aplicado nas escolas, que culminou com a criação das aulas de Sociologia para os adolescentes no segundo grau. O governo não desiste e a população não percebe isto.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Lei totalitária

O senador que elegi está fazendo bobagem. O Pedro Dória fez um excelente artigo sobre o problema. Há, inclusive, uma petição online contra esta lei orwelliana.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Final de Wimbledon

Conforme todos previam, Federer e Nadal irão novamente disputar a final de Wimbledon. Acabou de começar a semifinal entre Nadal e Schuettler, mas o alemão vai ser massacrado pelo espanhol. Estou escrevendo com antecedência porque o Nadal vai ganhar, sem sombra de dúvida.

Este deve ser um dos mais esperados jogos de todos os tempos. Federer era imbatível neste tipo de piso, mas Rafael Nadal evoluiu muito na grama e deve dar muita dor de cabeça ao suíço, seu freguês histórico. Um jogo imperdível.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Dia difícil

Hoje está complicado escrever. Estou chateado porque o Fluminense desistiu de ser campeão após marcar o terceiro gol contra a LDU. Então resolvi comentar sobre o excelente livro "Economia Sem Truques", que terminei de ler nesta semana. Mas aí lembrei do comentário do Gilberto Dimenstein anteontem na CBN. Ele dizia que, pasmem, a nova lei seca do trânsito irá "aumentar" o número de empregos em São Paulo. Ele desprezou as quedas de até 40% no movimento dos estabelecimentos para dizer que motoristas estão sendo contratados ! Este país não merece um livro tão bom de economia...

O melhor é parar de divagar e trabalhar...

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Exageros da lei seca

Publico, na íntegra, o texto de Luiz Flávio Gomes sobre a lei seca no trânsito. O blog concorda integralmente com a opinião do jurista.


Lei seca: exageros, equívocos e abusos

LUIZ FLÁVIO GOMES

A TRAGÉDIA gerada no Brasil pelos acidentes de trânsito está devidamente quantificada: cerca de 35 mil mortes por ano, 400 mil feridos, 1,5 milhão de acidentes e R$ 22 bilhões por ano só para cobrir gastos com desastres em estradas federais. Política de tolerância zero: eis a bandeira da lei 11.705/08, marcada por exageros, equívocos e abusos.
Primeiro, a quantidade ínfima de álcool no sangue deve ser desconsiderada. Uma pessoa chegou a ser flagrada após ter ingerido dois bombons com licor. É um exagero. Por mais que se queira evitar tantas mortes no trânsito, não pode nunca a administração pública atuar sem razoabilidade. Quem usa um anti-séptico bucal não pode sofrer nenhum tipo de sanção. A infração administrativa do artigo 165 exige estar sob influência do álcool ou outra substância psicoativa. Nem toda quantidade de álcool no sangue é suficiente para configurar a infração administrativa do artigo 165.
O parágrafo único do novo artigo 276 diz: "Órgão do Poder Executivo federal disciplinará as margens de tolerância para casos específicos". Nesse caso, o sujeito deve ser liberado e o carro também. Não se aplica multa e não se fala em prisão. Não é necessário que uma terceira pessoa venha a conduzir o veículo.
Outro grave equívoco a ser evitado consiste em prender em flagrante o sujeito sempre que esteja dirigindo com seis decigramas ou mais de álcool por litro de sangue -o equivalente a dois copos de cerveja. A existência do crime do artigo 306 pressupõe não só o estar bêbado mas também o dirigir anormalmente, ou seja, a soma de condutor anormal (bêbado) e condução anormal (que coloca em risco concreto a segurança viária).
Não há crime sem condução anormal. Não se pode nunca confundir a infração administrativa com a penal -aquela pode ter por fundamento o perigo abstrato; esta, jamais. O direito penal atual é dotado de uma série de garantias, como a ofensividade, que consiste em exigir, em todo crime, uma ofensa concreta ao bem jurídico protegido. Constitui grave equívoco interpretar a lei seca "secamente". A prisão em flagrante de quem dirige normalmente é um abuso patente, que deve ser corrigido pelos juízes.
Em síntese, quem está bêbado (com qualquer quantidade de álcool no sangue), mas não chega a perturbar a segurança, não está cometendo crime. Logo, não pode ser preso em flagrante. O agente, nesse caso, sofre as conseqüências administrativas do artigo 165 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), como multa e suspensão da habilitação, mas não pode ser preso em flagrante, não há que falar em fiança etc. Claro que o carro fica apreendido até que um terceiro, sóbrio, o conduza. Mas nem sequer é o caso de ir à Delegacia de Polícia.
A prova da embriaguez se faz por meio de exame de sangue ou bafômetro ou exame clínico. A premissa básica é a seguinte: ninguém está obrigado a fazer prova contra si mesmo. O sujeito não está obrigado a ceder seu corpo ou parte dele para fazer prova, ou seja, não está obrigado a ceder sangue ou a soprar o bafômetro. Havendo recusa, resta o exame clínico, feito em geral nos Institutos Médico Legais.
O motorista surpreendido, como se vê, pode recusar o exame de sangue e o bafômetro. Porém, não pode recusar o exame clínico. E se houver recusa desse exame? Alguns delegados falam de prisão em flagrante por desobediência. Isso é equivocado. Não é isso o que diz o novo parágrafo 3º do artigo 277 do CTB. O correto não é falar em desobediência, mas nas sanções administrativas do artigo 165, e somente quando houver recusa ao exame clínico. A recusa do exame de sangue e do bafômetro não pode sujeitar o motorista a nenhuma sanção, porque ele conta com o direito constitucional de não se auto-incriminar.
Além disso, a fiscalização intensa nos últimos dias comprovou que ela é que é fundamental na prevenção de acidentes. É um equívoco imaginar que leis mais duras são suficientes. A fiscalização é que é decisiva, ao lado da educação, conscientização, engenharia e punição.
O legislador adotou a política da tolerância zero, mas ainda há graves falhas na legislação brasileira, que não conta, por exemplo, com o delito de condução homicida, que consiste em dirigir veículo com temeridade manifesta e total menosprezo à vida alheia.
Há muito ainda que fazer para aprimorar a legislação brasileira. Temos que declarar "guerra" contra as 35 mil mortes por ano no trânsito. Porém, tudo tem que ser feito sem exageros nem abusos. Não queremos viver perigosamente nas ruas e estradas brasileiras, mas também não estamos dispostos a suportar os excessos do poder público, que só pode atuar legitimamente dentro da razoabilidade.

terça-feira, 1 de julho de 2008