Rubem Fonseca é um grande escritor. Então deveria escrever sobre literatura. Resolveu escrever sobre tecnologia e comentar sobre o Kindle, leitor eletrônico de livros da Amazon. O resultado é grotesco.
O texto é do início deste ano e é muito confuso. Ele diz que devido ao fracasso do PRS (da Sony !), a Amazon (!?!?!) está lançando uma segunda versão do Kindle. Que o PRS só lê arquivos vendidos pela loja da Sony, quando na verdade lê uma grande quantidade de tipos de arquivos disponíveis gratuitamente. Diz que os e-readers deveriam tocar música, quando já o fazem. Cita pesquisas sobre telas eletrônicas que fazem mal à saúde, sem sequer dar uma olhada na tecnologia e-ink, cuja objetivo é justamente não causar mal aos olhos. Diz que não há possibilidade de ler na cama. Ora essa, imagino que todos os proprietários de e-readers façam isso diariamente. E termina dizendo que o Kindle é fogo de palha, no momento em que as vendas do produto batem recordes pelo mundo afora. O artigo é simplesmente desastroso.
Já vi mestres de determinadas áreas cometendo absurdos, como certo artigo de Miguel Reale Jr. na Folha de São Paulo, em que comentava que o software livre fracassaria. Resolveu palpitar numa área em que não tinha conhecimento e escreveu um artigo muito ruim. Agora vi que Rubem Fonseca joga no mesmo time.
Quem não entende sobre um assunto não deveria escrever sobre o mesmo. Ponto final.
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